Entenda sobre a alta nos preços dos fretes

sex, 27 de novembro de 2020 às 15:21

       Que o COVID-19 impactou e muito nossa economia e produção, não temos dúvida, já comentamos aqui no blog sobre a falta de matéria prima, a dificuldade de envio ou produção de produtos, e hoje vamos falar sobre o setor logístico, que é indispensável para todos os setores e que está sofrendo de forma mundial. 

       Pra entendermos sobre como o preço dos fretes sofreu, temos que analisar como foi o processo do coronavirus. Em janeiro de 2020, logo após o atraso comum pós ano novo chinês, começou o lockdown que durou setenta dias. Essa medida de segurança causou um grande acúmulo de contêineres no país, que diminui a quantidade de CNTR disponível para logística mundial e auxiliou no aumento do preços .

       Vale lembrar que uma viagem marítima de cargas da China para o Brasil dura em média 40 dias, com os 70 dias de portos fechados no início da pandemia , tivemos um grande atraso. E isso reflete no valor, 1 CNTR de 40 pés vindo da China pode variar de USD 500,00 à USD 4000,00, variação que reflete na produção e logística. 

       No começo da pandemia o transporte marítimo registrou um dos menores valores de frete, na média de USD 500,00 pela falta de procura. Com o aumento de procura o valor foi estabilizado e de agosto até agora tivemos uma super procura, que causou uma inflação nos valores com fretes atualmente na casa dos USD4.000,00 .Temos uma oferta de espaços em navios muito menor do que a procura, o que gera acúmulo das cargas e automaticamente reflete nos valores. 
       
       Além dos navios, precisamos ver que as ofertas das rotas aéreas sofreram uma grande diminuição e em momentos da pandemia, chegaram à zero. Chegamos a ter situações onde o frete aéreo subiu 300%. 

       Os motivos para o aumento do frete e toda a situação que a logística sofreu esse ano, conseguimos olhar para frente e ter esperanças. Com um bom planejamento de logística internacional e com a proximidade com o final do ano, espera-se estabilidade no ambiente dos modais  tanto marítimo quanto aéreo, com o retorno de voos comerciais e a melhora econômica.